“A MOÇA QUE PASSAVA”.

               (Soneto).

 

Com um cavaquinho e um pandeiro

Cantando nas ruas, alta madrugada,

Canções de amor, eu e o companheiro,

Ninguém aplaudia as janelas fechadas.

 

Eu tocava, o pandeiro repicava,

Noite bonita o céu estrelado...

Surgiu um vulto, uma moça passava,

Sem cerimônia ela sentou do meu lado.

 

Eu tocava com boa voz ela cantava,

Estava bom, mas o dia clareava,

Então toquei minha última canção.

 

A canção falava de um amor...

Que o destino tão cedo a levou,

A serenata começou desde então.