A ESCRAVIDÃO DA LIBERDADE
Há regras nesta louca sociedade
Das quais jamais estou em pleno acordo,
Já que contra elas sofro, grito e mordo,
Porque me inibem sempre a liberdade.
Não quero ser moldado em falsidade,
E nem ser abatido feito um tordo
Que voa pelo vento sempre a bordo
Da alegria sentida de verdade.
Pois o mundo formou-se por acaso,
E o mesmo tem as próprias regras dele,
Por isso já me basta esta prisão!
Portanto, as leis humanas são um vaso
De espinhos que me picam sempre a pele
De escravo desta civilização.
Ângelo Augusto