VILAREJO
VILAREJO
No meio do mato, antes da cidade,
Onde o rio se acerca enfim da foz.
O que esse lugar quer ser para nós,
Senão a nossa ideal felicidade?
Uma vila pequena aquela herdade,
N'um fim de mundo aonde se anda após
Tantas desilusões ou quando sós
Somos sem interesses nem verdade.
O inóspito se habita surpreendente.
Conquanto, em desespero, o inesperado
Transforma o poluído e decadente.
Vimos como esperanças têm fadado:
Seja um ponto no mapa ou na existência,
Do agora-aqui fazemos a experiência!
Marzagânia – 22 10 2005