Clemência!

Eliane Couto Triska

Vida, queres condenar-me à nostalgia?

Gere teus filhos... farta-te em clemências

Dê aos órfãos tuas condolências

Compadece-te da luz que forja o dia.

Perdi o deleite... Perdi minhas ilusões.

Sofri o luto no manto que enfeito,

Com as lágrimas caídas onde deito,

À memória que bebi das gerações.

Respeito, mas não me curvo ao passado.

E no céu beijo as mãos do meu amado

Um buquê dessa entrega de carinhos.

Petalada... sou oásis de mil juras

Sagrado... ele um astro das alturas

Num cântico, dois piar de passarinhos.

14.06.2007

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 14/06/2007
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