VASO DE GUERRA
VASO DE GUERRA
Amarar a nau rumo a barlavento,
Quando até aves gralham o teu nome...
O mar, encapelado, que se dome:
A ordem é destruir tudo a contento.
Voltando enfim ao pélago sangrento,
Longas léguas a quilha já consome.
Bombardas, o inimigo em cheio as tome,
Certo quanto o levarmos sofrimento.
O ataque desferido é o que somos,
Existimos aos sonhos sós d'el-Rey
E, movidos pelo oceano, desfechamos.
Assim o mar mais púrpura deixei...
Na bela belonave, cuja luz
Mais, ainda e adiante, nos conduz.
Betim - 03 11 2005