AMOR IMATURO
Sob juras contemplei um terno amor
e acomodei no peito comovida
uma emoção ardente e decidida
a creditar em nós o mesmo ardor.
Porém restou somente a triste dor,
por cada frase dita irrefletida,
cravando espinhos na alma reprimida,
como punhal, ferindo-a com furor.
Mas fiz do desencanto o meu degrau
e da esperança a luz da nova nau,
para singrar nos mares do futuro.
Agora me permito florescer...
esqueço desse amor que fez sofrer
meu coração, atônito e imaturo!
(Interação ao belíssimo SONETO DO AMOR MORRENDO, de PUETALÓIDE)
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SONETO DO AMOR MORRENDO
(PUETALÓIDE)
Sepulta esse amor q'eu um dia jurei.
Que enamorado, à emoção, eu disse.
Como se tudo em mim existisse
Ou fosse verdade o q'eu proclamei.
Perdoa Querida... Eu me enganei!
Tudo não passou de invencionice,
De tola ilusão... De mera tolice,
O que, entre versos, a ti declamei.
Não deixes por nada seguir existindo
O que para nós desde antes é findo,
Ou nunca, jamais, existiu de verdade
E se algo existe, deixa ir morrendo,
Gradativamente... Desaparecendo,
E desaparecendo, sem deixar saudade!