Reflexões sobre a vingança
Edir Pina de Barros
 
Mas que pensar o teu, movido por vingança,
que desconhece o amor, o bálsamo que cura,
que traz o resplendor, da luz, à noite escura,
a força do sorriso em lábios de criança;
 
aquele que se vinga, a paz jamais alcança,
porque desforra traz a dor, que não depura,
produz, em si, o fel, a fonte da amargura,
afasta, para longe, a calma, temperança.
 
Mas que pensar o teu, demais brutal, mesquinho,
e sentimento tal,  jamais cultivo, aninho,
desejo, dentro em mim, a força do perdão.
 
Vingar! Por que vingar? Vingança cheira a sangue!
Prefiro perdoar, ainda estando exangue,
porque produz o bem,  clareia a escuridão.
 
Brasília, 30 de Maio  de 2015.
 
Versos alados, pg. 24
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 30/05/2015
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T5260010
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.