ANIGO ANÓNIMO...
P’ra fugir do desconforto do desamor,
p’ra escorraçar minhas magoas e medos,
saltito, ágil, pelos íngremes rochedos.
Ecoa no vazio, dos meus ais o clamor!
Não sei se algo busco com este destemor.
Sei, que gritando ao mar os meus segredos,
se me vão escoando por entre os dedos
desejos e anseios...prenhes de Amor!
E falo com o mar, que não me responde,
coisas que nem a mim digo... por pudor.
Amigo anónimo que só ouve e esconde,
também me protege da mágoa e do temor.
E sigo saltitando... sem saber até onde,
só quero ir em frente, fugir da minha dor!...