MARTÍRIOS (SONETO)
Ah, esse nosso amor passível
Narrado em longa desdita
Talvez em vão se acredita
Será um dia mesmo possível?
Torna-se o caso então prolixo
Sofrível, pagando o erro
Cometido por dúvida e medo
Em nós, o pensamento fixo!
Faz-se regar assim, esperança
E passam velozes os anos
Converte quem sabe em descrença
Imagino-te, mulher, ainda agora
Em dor, lamento e pranto
Porque o homem também chora...