SEMPRE A ESCREVER.
Ah, porém tu não sabes da minha inquietude
Que meu coração todas ás vezes se ilude.
Mas, palpita com muita força quando vejo você!
No entanto, apenas te olhar é o que me resta.
Não vem à mente ideia de que tu me enxergas
Eu não sou nada para você, nem serei, eu sei.
Porque de fato vivemos em mundos distintos,
És tu em verdade o silêncio, eu o grito!
Tu és sempre pura a perfeição e eu a pressa,
Você é deveras a parte que a tudo ilumina.
E eu somente escuridão, nada sou sem você!
Sou de verdade, calado um grande poeta!
E vou ser sempre figura essa figura exotérica,
Sem nunca ser ouvido, mas sempre a escrever.
NUNES, Elisérgio.