SEMPRE A ESCREVER.

Ah, porém tu não sabes da minha inquietude

Que meu coração todas ás vezes se ilude.

Mas, palpita com muita força quando vejo você!

No entanto, apenas te olhar é o que me resta.

Não vem à mente ideia de que tu me enxergas

Eu não sou nada para você, nem serei, eu sei.

Porque de fato vivemos em mundos distintos,

És tu em verdade o silêncio, eu o grito!

Tu és sempre pura a perfeição e eu a pressa,

Você é deveras a parte que a tudo ilumina.

E eu somente escuridão, nada sou sem você!

Sou de verdade, calado um grande poeta!

E vou ser sempre figura essa figura exotérica,

Sem nunca ser ouvido, mas sempre a escrever.

NUNES, Elisérgio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 29/05/2015
Código do texto: T5258736
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