URBANOFATURA
URBANOFATURA
Que haveria-de ser toda cidade:
Grande obra dos espíritos humanos?
Ou cenário d’azares quotidianos
Feito de factos sem qualquer verdade?...
Para lhe transformar a realidade,
Reformem suas leis, façam mais planos!
Não se obtendo senão novos enganos
Diante d’algo que se furta à idealidade.
Há-que se lhe construir com mais fadigas:
Muro, praça, alameda, prédio, templo....
Onde as misérias novas e as antigas.
Mas se do barro ao mármore a contemplo,
Logo a arrasam os deuses como exemplo
Por nos apequenar que nem formigas.
Belo Horizonte – 30 05 2005