Poeta bom, meu bem, é poeta morto! Zeca Baleiro.

Um dicionário em minha mente aparece

pra formar um verso inda que torto

ser poeta vivo, ah, não envaidece;

"Poeta bom, meu bem, é poeta morto"!

Não paro de buscar em minh'alma a torto

e a direito palavras, mas nem com prece

o poeta, estando vivo, acontece:

"Poeta bom, meu bem, é poeta morto"!

Mas sigo a navegar meu desidério

E, ouça: Poesia não tem critério,

vem de nascença no sangue do vivente.

Eu cumpro minha sina, vou tecendo

os versos, pois é deles que eu entendo...

Meu bem, depois de morto vou ser gente.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 28/05/2015
Reeditado em 30/05/2015
Código do texto: T5257742
Classificação de conteúdo: seguro