Não sou de desistir
Em busca do perdão, eu corro o mundo
em romaria, eu faço caminhada
em pés descalços, com a tez suada.
Em busca do perdão, eu vou mais fundo:
entôo uma canção, eu canto um hino
a te exaltar, escrevo este soneto
e, se não é bastante, eu te prometo
até bem mais: cometo um desatino
e saio a procurar até na Lua
a fórmula secreta que me dê
a segurança do perdão. Não sou
de desistir: caminho pela rua
a procurar por ti. Se me perder,
indago, a quem me vê, por onde vou.