Pueril

Pueril

(Soneto)

Gosto de ser menino, ser catraio!

De vestir minha boca em gargalhadas,

Após ter dito insípidas piadas.

Saber que nos ardis ainda caio…

Que me chamam criança, essas manadas

De gente que respira no desmaio;

De gado que não anda sem ensaio,

Adultos de cabeças conspurcadas!

Como é bom ser um pássaro distinto,

Um construtor do magistral recinto!

De tudo o que destrói a gente grande.

Como é bom inocente ser, pueril!

Constatar que não vivo no covil,

Perceber que não há quem me comande.

André Rodrigues 27/5/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 26/05/2015
Código do texto: T5256133
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