Devir... Amém!
Posso ouvir os ecos do passado,
Posso ouvir o som do seu sussurro
Sussurrando brados mortos, urro
Mudo pelas eras destronado.
Ante o tempo tudo é transmutado,
Tudo se veste em cinzas e esturro,
Tudo tomba ante o pujante murro
Desferido pelo infrene fado.
Tudo nasce e morre. Tudo passa
Com o fluir das águas do devir,
Que, tombando tudo, tudo cria;
Pois, de fato, é tudo e tudo abraça,
Lançando o hoje, os idos e o porvir
No caos eterno da harmonia.