Devir... Amém!


Posso ouvir os ecos do passado,
Posso ouvir o som do seu sussurro
Sussurrando brados mortos, urro
Mudo pelas eras destronado.

Ante o tempo tudo é transmutado,
Tudo se veste em cinzas e esturro,
Tudo tomba ante o pujante murro
Desferido pelo infrene fado.

Tudo nasce e morre. Tudo passa
Com o fluir das águas do devir,
Que, tombando tudo, tudo cria;

Pois, de fato, é tudo e tudo abraça,
Lançando o hoje, os idos e o porvir
No caos eterno da harmonia.
Firmínio dos Hades
Enviado por Firmínio dos Hades em 24/05/2015
Reeditado em 10/06/2017
Código do texto: T5253771
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