Soneto da vergonha
Meus filhos, amigos, amada... justamente neste dia
Em que renascem flores, início de primavera-outono,
Em que falaria de amores, da paz de tardes baldias,
Estou triste, deprimido, ansiando pelo eterno sono.
Pelo mundo, os jardins que tanto ansiei rever floridos
Se encontram rubros, mas de sangue em vários matizes
Não se ouve o canto alegre de pássaros, mas gemidos
Não mais se vê a harmonia das formas, agora cicatrizes.
O crepúsculo, com as cores de um dia que se encerra,
Levando-nos a comungar com Deus, não mais existe!
O brilho que nos extasia é o das bombas, da guerra!
E sinto vergonha por me quedar inerte ante o insano,
Vertendo minhas lágrimas inúteis, constrito, triste,
Grito ao mundo: TENHO VERGONHA DE SER HUMANO!!!!
Meus filhos, amigos, amada... justamente neste dia
Em que renascem flores, início de primavera-outono,
Em que falaria de amores, da paz de tardes baldias,
Estou triste, deprimido, ansiando pelo eterno sono.
Pelo mundo, os jardins que tanto ansiei rever floridos
Se encontram rubros, mas de sangue em vários matizes
Não se ouve o canto alegre de pássaros, mas gemidos
Não mais se vê a harmonia das formas, agora cicatrizes.
O crepúsculo, com as cores de um dia que se encerra,
Levando-nos a comungar com Deus, não mais existe!
O brilho que nos extasia é o das bombas, da guerra!
E sinto vergonha por me quedar inerte ante o insano,
Vertendo minhas lágrimas inúteis, constrito, triste,
Grito ao mundo: TENHO VERGONHA DE SER HUMANO!!!!