SEM SENTIDO

Ando sem rumo, peregrino do tempo

cavalgo nos ventos idéias e ideais...

Nas pousadas da vida, ínfimos momentos

guardados na memória lapsos surreais.

Avanço em sacrifício, no altar dos comensais,

imolado o cordeiro em simbólica oferenda.

Sigo o filho dos deuses, por caminhos irreais:

a meta e a trilha, o reviver de uma lenda.

Alma sedenta, atormentado vagabundo!

Errante, solitário, esquecido de amar...

Procurando escapar desse abismo profundo.

Deitei as armas, em solo sagrado, fui rezar!

Andarilho das eras, perdido no mundo,

vagueio sem sentido a procura de um lar...