Santa do pau ôco


Os que te vêem, ao alto do pedestal em que te postas,
Santa, como te apresentas, a penitenciar meros mortais,
Talvez nem mesmo imaginem que o que mais gostas,
É justo o que lhes condena alegando princípios morais.

Não podem imaginar que quando despida deste manto,
Sem a auréola clássica, como agora me confessas,
Em tua intimidade, não passas de mulher em pranto,
Carente de justo do que tudo contra elas professas.

Nua a minha frente, não mais pudica e sim devassa,
És Messalina que quer me tomar à boca e sugar ávida,
E percorrer todo meu corpo com voracidade de traça.

Cadela no cio, desvairada, que quer tudo e não pouco,
Que mesmo louca, morrendo no gozo, se mostra impávida,
Hipócrita, que se faz passar por santa... santa do pau ôco.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 21/09/2005
Reeditado em 30/09/2013
Código do texto: T52533
Classificação de conteúdo: seguro