Estrada ao Inferno
Estrada ao Inferno
Correntes ressoam entre as almas
Chagas purulentas vertem copiosas
Braços estendidos, cravos nas palmas
Das bocas...maledicências venenosas
Sorrisos histéricos em prelúdio cântico
O alarido mórbido transforma cânone
Ritos pecaminosos, um horror dântico
As escrituras queimadas como ícone
Mãos mutiladas ornamentam a igreja
Sangue refresca o hálito podre visceral
Coração pulsa em ornamentada bandeja
Os açoites estalam as peles do cordeiro
Entre os gritos nesta estrada infernal
Adentrarão vacilantes em final derradeiro
Eduardo Benetti