Milionário!
Eu fui tudo que fui e um pouco mais
eu fiz mais do que pude, do que queria...
Os bens materias terão valia
se depois da morte não se corre atrás?
Eu corri a vida atrás do salário
oito horas de trabalho a cada dia
as horas que sobravam: Poesia!
Só com elas me sentia um milionário.
E minha fortuna já ultrapassou os dois mil
amontoada em papéis que engaveto
valem mais que o dinheiro: Meus sonetos
aos quais sou e serei sempre gentil.
O metal fez seu papel: Me sustentou!
A obra vive, o metal se esmiuçou.
Josérobertodecastropalácio