Meu brinquedo.
É segredo, existe, é ateu
ele é meu, me assiste, sem medo,
meu brinquedo que o tempo não comeu
e sem breu me veio bem tão cedo.
Desse modo o poema me envolveu
e ao seu jeito me ocupou mão e dedo
um arvoredo a brotar versos meus
tantos Zeus que recebo e hospedo.
Credo, cruz! As rimas são tantas
de santas palavras à versos, brilhantes!
Possantes pra quem os declama ou canta.
Assim, poema e eu, seguimos amantes.
Quem nasceu pra dez réis não chega a vintém,
Quem nasceu poeta diga à Deus: Amém!
Josérobertodecastropalácio