O Amor segundo Poe
Metamorfose de amador ceifada,
Com finura, com estima, com motivo,
Por tanto adorar com coração ativo
Dói na alma do poeta a carência calada.
A esperança duela na vil luta urdida
Comentando a vida numa paixão cativo
Sem direção num lamento triste emotivo
Padecer no amor lúgubre na tenaz ferida.
Acreditar no poeta como artista distante
Semeia ao vento vocábulo incompreendido
Procura encontrar-se na pessoa errada.
A vontade rota, o verbo instigante,
Muda-se no amor como um sofrido
Ocaso de si mesmo, tendência marcada.
HERR DOKTOR