Não precisa agonia.
Sentei-me para escrever poesia
mas não achei nenhum verso em minha mente
Vou então comer um cachorro quente
enquanto minha alma está vazia.
Quando não dá, não é preciso agonia,
Tomo um vinho ou um refrigerante,
e aguardo a inspiração por um instante
pois é comum a sua companhia.
Ela chega e surge um verso e outros mais,
que pra mim parecem todos iguais,
embora cada um dê seu recado.
E vão se agrupando em cada estrofe
pedindo que ao fazê-los eu filosofe
como faz, pra amante, um apaixonado.
Josérobertodecastropalácio