Soneto de um apaixonado

Quem me dera ser a lágrima

Que nasce em teus olhos

Que percorre tua face ávida

E morre em teus lábios róseos

Quem me dera ir além

Beijar a tua flor virginal

Deixar-me fazer teu refém

Em teu regaço até a luz matinal

No mais secreto do meu pensamento

És minha dama doce e voluptuosa

Desejo-te a cada momento

Aos meus olhos és a mais formosa

Declaro-me e findo então meu sofrimento

Teu somente serei, por certo mui contento