Canto! E canto a dor
Edir Pina de Barros

Eu canto! E nesse canto  eu louvo a dor
que, em si, nos torna humildes, mais humanos,
e nos lapida, em meio a desenganos,
bem mais do que se pode ver, supor.
 
E as lágrimas que escorrem, sem pudor,
na proporção das perdas e dos danos,
a desvelar fraqueza em  espartanos,
com bela  rutilância furta-cor.
 
A dor é a força oculta da alegria,
que vence  toda  empáfia, galhardia,
e iguala-nos em nossas diferenças.
 
Oh! Dor! Eu sempre, sempre vou louvar-te
aqui, ali, além, em toda parte
até que um dia a mim, também, me venças.
 
Brasília, 20 de Maio  de 2015.
Versos alados, pg. 28
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/05/2015
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T5248455
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