Soneto

Que loucura!... que sonho de ventura!

Naquela noite, ó! meu Deus! que sonho!

Que estremecera meu peito tristonho

Com visões de Divina Criatura.

Senti-me numa acrópole de Atenas;

Ao meu redor tudo morrer podia;

Era tão bela!... a tez alva e macia

No corpo meu premia em volúpias plenas.

No colo Dela, eu, venturoso e lépido,

Sentia o seio palpitar intrépido

Quando Ela, gentilmente, me afagava.

Reclinado à fronte cândida e pálida,

Ao bafejar de Sua boca cálida,

Os eflúvios do Amor eu respirava!

Giovanni Dangelli
Enviado por Giovanni Dangelli em 19/05/2015
Reeditado em 10/01/2018
Código do texto: T5246773
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