Machado e marreta.

A vida me talhou a machado,

Para aparar as arestas ela usou marreta.

Minha alma hoje e muito velha,

Vivo dentro de uma carcaça trôpega.

Meus sentimentos estão blindados,

Enterrei os devaneios lúdicos,

Sonhos hoje não possuem utilidade

Experimento o chão antes de pisar.

Os meus sentidos estão aguçados,

O vento não me arrepia,

As noites não me cegam.

Já vai longe a minha paciência,

Não consigo ficar calma,

Estou alerta e muito inquieta.

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 18/05/2015
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