Teu Olhar
Teu Olhar
Onde te refugias rara e bela clepsidra
Quando convertes lagrimas em tempo?
Excretas como o coral que não emigra,
Amargas lágrimas que lanças ao vento.
Ardentes e salsas gotas em ti se escoam
Sem pressa de regressarem à nascente.
Ouçam o alegre e húmido canto, que soa
Quando sonha e em liberdade se sente.
O teu olhar cansado e sereno, esconde
Solidão e sofrimento, bordados a ouro.
Testemunhos dum amor imorredouro.
Minhas fontes secaram, parei no tempo.
Ansioso grito submerso num pesadelo
Sentindo teu olhar, sem conseguir vê-lo.
Faro, 18 Maio 2015
gmarques