Jardim Funéreo

Sinto-me a andejar por um jardim

Despetalado quase totalmente

E às vezes ouço o gemer pungente

Dos meus fantasmas (do que morre em mim).

Por um momento não é tao ruim…

Materializo a vida em minha mente,

Como um necrófilo, a beijar demente

A minha imota amada… mas, no fim,

A minha mente é um vasto cemitério…

Sei que o meu caso é mesmo um tanto sério

E as coisas, para mim, estão erradas!

E numa adversidade costumeira,

Mais flores cruciformes de madeira

Em meu jardim funéreo são cravadas.

15 de maio de 2015

Alysson Rosa
Enviado por Alysson Rosa em 18/05/2015
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