ALMAS CAMINHEIRAS
Meus olhos seguem alhures, bem alto,
um pássaro solitário que voa dolente,
sem pressa, em direção ao poente.
Volteia pelo infinito céu de cobalto!
Aos meus olhos, junta-se minh' alma.
Viaja para mais além, vagando ao léu...
Veste asas e plana com toda a calma,
à procura de respostas pelo céu...
Respostas para seus anseios, angústias, medo.
O pássaro, desaparece no azul das montanhas
que se delineiam ao longe, e, no arvoredo,
encontrará seu ninho, quiçá a companheira!
E minh'alma, em viagens tão estranhas,
será que encontrará outra alma caminheira?