Por dentro das janelas da vida
Por dentro das janelas da vida,
Eu escondi meu pranto,
Não permiti nenhum arroubo,
Silenciei ante o espanto.
Comi todo o ódio vivido,
Do nojo eu me fiz amarga,
Da noite escura eu ri de raiva,
Da insatisfação toda calei.
Tendo o ar rarefeito em mim,
Disse coisa nenhuma,
Calei, sofri, e vivi o nada.
Hoje conto com o passado ao longe,
Alivio ver a enorme distância,
Me cubro de fé e amor e de mim.