Por dentro das janelas da vida

Por dentro das janelas da vida,

Eu escondi meu pranto,

Não permiti nenhum arroubo,

Silenciei ante o espanto.

Comi todo o ódio vivido,

Do nojo eu me fiz amarga,

Da noite escura eu ri de raiva,

Da insatisfação toda calei.

Tendo o ar rarefeito em mim,

Disse coisa nenhuma,

Calei, sofri, e vivi o nada.

Hoje conto com o passado ao longe,

Alivio ver a enorme distância,

Me cubro de fé e amor e de mim.

Daisy Laureano
Enviado por Daisy Laureano em 16/05/2015
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