AS MARCAS DO TEMPO
Passou o tempo... – como passou depressa!
Aniquilando um milhão de desejos...
A infância de risos, graça, solfejos,
De repente passou... – pouco nos resta!...
Passou o tempo... que não mais regressa...
A juventude de amores, cortejos,
De inefável beleza, abraços, beijos...
De repente passou... – qual dia de festa...
Como passou – meu Deus – tão depressa a vida!
Ah!... ontem tão jovem – disposto na lida –
Hoje cansado... caminho tão lento...
Frente ao espelho – procuro quem era;
Mas só encontro essa pálida quimera!
Trazendo consigo as marcas do tempo!...