ENTARDECER - I
O nostálgico canto da jaó,
Os galhos tortos das verdes faveiras
E lindos cancães, com muita zoeira,
Fazem o fim da tarde bem maior.
O sol parado atrás das gameleiras,
Numa indolência que faz pena e dó,
Relutante, não quer deixar-me só,
Admirando as formosas mangabeiras.
E lá distante a bela seriema,
Debaixo do frondoso chapadeiro,
Do crepúsculo, faz seu grande tema.
Canta triste chamando o companheiro,
que atende convencido a linda fêmea,
Cantando atrás do velho pequizeiro.