AUTO-RETRATO
Sentado à margem do meu próprio ser,
Vejo-me navegando em sentimentos,
Partindo para os mares do viver,
Solitário, no barco pensamento.
Vejo-me caravela a percorrer,
Águas de desventuras, sofrimentos,
Singrando o mar bravio da psique
Em busca da razão, do entendimento.
Vejo-me, outra vez, barco de alegria,
Velejando no mar da liberdade,
Sob céu azul de claro e lindo dia.
Sou assim, retrato da complexidade:
Humano, forte e frágil, calmaria,
Às vezes transformado em tempestade.