É no silêncio...
Edir Pina de Barros

Mortal silêncio.  O meu vazio impera,
a revelar prazeres e conflitos,
coloco-me a reler os meus escritos
repletos de ilusão e de quimera;
 
revejo meus antigos manuscritos,
resquícios de quem fui, na primavera,
que ver florir, de novo, eu bem quisera,
no chão dos sentimentos, mais benditos.
 
E agora, mergulhada nas lacunas
da quietude, que hoje me afortuna,
entrego-me à poesia que me habita.
 
A dor - a que se pensa não ter cura –
na essência do silêncio, se depura,
e se transmuta em paz, em luz bendita.
 
Brasília, 15 de Maio de 2015.
Versos alados, pg. 40
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/05/2015
Reeditado em 11/08/2020
Código do texto: T5242656
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