MODESTIA
Pobre daquele que corre e se dilata
Por quanto são os climas e os mares,
Perseguidor de tesouro, ouro e prata!
Um ângulo me basta entre meus lares,
Um livro e um amigo,um sonho breve
Que não perturbem dúvidas ou pesares;
Isto tão somente é o quanto deve
A natureza do simples com discrição,
E algum manjar comum, honesto e leve;
Não porque assim te escrevo com atenção,
Que coloco a virtude em exercício;
Porque a verdade, dignidade, supre o resto,
E o animo ensina a ser modesto;
Depois, lhe será o céu mais propício!