AFLITO
Cambaleio perdido em estilhaços
Pelas sendas funestas da saudade
Densa bruma me cerca... Oh, frialdade!
Como são lancinantes esses laços!
Não consigo esquecer teus belos traços
Coração não sossega, a dor me invade
Não escuto os clamores da vaidade
E confesso: desejo teus abraços
Minhas mãos sem teu corpo estão aflitas
Minha boca padece sequiosa
Devaneios lascivos inda habitas
Dama amada, perfeita, perfumosa
De feições generosas, tu volitas
Em meu sonhos alegres, donairosa