Soneto Gregoriano

Por entre a tormenta um imoral ufano

Jaz a areia sáfia da ilusão e indolência

Jaz o doente na sepultura da dormência

Que o soberano ergueu para o vil engano.

O sensualismo é grande, louco e urbano

E morre a serviço dos chacais da violência

De uma velha insossa na benevolência

Em seu cerimonial feral torpe profano.

As mulheres cortesãs de ventre rasgado

Olhar distraído e louco e sem cautela

Com seus pecados numa vil insanidade.

Mas o dolo em sua torpe vida flagrado

Nos andrajos que cobre ela a cadela

Nas rodas da morte em sua irmandade.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 12/06/2007
Reeditado em 14/10/2008
Código do texto: T523921
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