Soneto às Falsas Desculpas
Soneto às Falsas Desculpas
Então se ecoou um cântico soturno
Adensando os melindrosos viventes
Obscurecendo a face do taciturno
Com as entonações ineloquentes
Murmúrios de obséquios demagógicos
De falsa profundidade – Pleno perecível
Profetas veem resultados apocalípticos
Definitivamente a culpa é intransferível
Adentram os algozes vis e sorridentes
Também entoam cânticos desprezíveis
Blasfemam horrores por entre dentes
E desesperadamente suplica o perdão
Em sua pele marca horrores indizíveis
A falsa desculpa que corrói o coração
Eduardo Benetti