A gueixa e a sombrinha
As duas em simbiose
Carregavam a mesma sina
Máscara, pintura virtuose
Enganavam a chuva e a menina
Levada, inerte, nos ombros
Cobria emoção e identidade
escudo, mascarava escombros
sem chuva, seria só veleidade
Humana, sentia desejos
A todo momento, todo ensejo
Mas não revelava, se encobria
Girava no ombro, sem mau tempo
Se contorcia, movida ao vento
E só atuava quando chovia