MIGALHAS!

MIGALHAS!

Silva Filho

Migalhas... espargi pelas esquinas

Meu estro carregado pelos ventos

Poemas são apenas fragmentos

Brinquedo de confete pra meninas!

Num rastro de verdades cristalinas

Na rua eu lancei meus argumentos

Pedaços de sonetos sonolentos

Falando do amor de messalinas!

Olhando aqueles versos em pedaços

Ainda pude ler no descompasso

Três letras que teimavam com um “ção”,

Voltei-me.. decidido a ir embora...

Foi quando na sarjeta eu vi “cora”

E assim reencontrei meu “cora-ção”!