DINAMITAR
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Sentia-me só. Sórdido, mas só.
Atravessava errático um deserto...
Tinha razão; estava sempre certo,
Mas minha vã verdade era de pó.
Que dizer? Eu então não tinha dó,
De mim nem de ninguém! Era, decerto,
Lúcido ou louco. Enfim, quase desperto,
Desato em desatino o último nó:
--”Talvez esteja todo em toda parte
Ou parte infintésima em mim parte
Fractal pelo infinito até ser toda.”
A resposta virá, embora tarde...
Minh’alma é o pavio que já arde
Em silêncio até que a mente exploda.
Belo Horizonte – 06 06 2007