NINHO DE LINHO...
A brisa não afaga esse ninho,
Que vazio faz apenas percorrer,
Na memória fática do caminho,
Por onde te vi desaparecer.
Mesmo que reste o voou do linho,
Símbolo de uma liberdade e alvorecer,
É apenas um símbolo que sozinho,
Não substitui esse meu perder.
Do que um dia foi lençol macio,
Testemunha daquele lindo cio,
De mãos nos corpos ao anoitecer.
Em rarefeita lembrança eu anuncio,
Que neste tempo frio é propicio,
Chorar no linho ao amanhecer.