A CAMINHO

Esperei por ti, minha flor, em vão...

Mas pude perceber quão infeliz

Se torna o coração se quem eu quis

Não vem mais do meu lado, mão a mão.

Andava acabrunhado desde então,

Às voltas com insólitos ardis,

Sequer me dando conta do que fiz...

Como se absorto pela solidão,

Parti a andar ao léu na hora vazia.

Sem saber se era amor o que sentia,

No afã de que estivesses a caminho.

Não sei... Embora a falta me provoque,

Quando eriçado o pelo ao menor toque,

Logo se enruga a pele sem carinho...

Belo Horizonte – 06 02 2006