A solidão nunca se dispersa
A solidão deveras nunca se dispersa
Em mim está sempre a reinar
Sinto falta de algumas conversas
Pois com elas podia o mundo capitar...
Eu sinto tudo de forma tão estranha
Um pico de tristeza e outro de alegria
E apesar de toda essa nostalgia
Eu me sinto uma eterna criança
É que amar é minha maior esperança
Às vezes a cura e também minha doença
Mas, além de tudo tenho consciência
De que nem sempre eu serei amado
Que estarei sozinho mesmo acompanhado
E que assim estará cheio meu ser, de vazio.
NUNES, Elisérgio.