MEDO DO ESCURO
Cessados os tímidos passos, hesita
Seu rosto confessa pavor, inquietude
Perturbam-no feros demônios e grita:
"Fugiram meus anjos, não há quem me ajude!"
Vergasta seu corpo uma gélida brisa
O gosto é de fel, é de enxofre o perfume
Talvez impressões... Dalgum norte precisa
Perdido que está em completo negrume
Delira, deseja as blandícias de dantes
Voltar não consegue, há abismos gigantes
Das lidas vindouras ignora os segredos
Parece um menino assustado, inseguro
Das belas surpresas ocultas no escuro
Não sabe porquanto é refém de seus medos