AO LÉU
Nos labirintos da angustiada alma
O fogo que me consome dia a dia
A dor que sem tréguas não acalma
Prostrando-me em louca agonia.
Sombras de mistério não relatadas
Pobre farrapo humano devassado
Triste e abandonado pelas calçadas
Ébrio doentio a perambular calado
No inocente e estraçalhado coração
O nome de um amor quase revelado
Sussurro aos ventos versos sombrios
Maldita que me enfeitiçou de paixão
A quem tanto amo e tenho velado
Preenchendo-me de eternos vazios