Soneto à Eterna Mágoa

Soneto à Eterna Mágoa

Desesperançado, soluça lágrimas quentes

E por entre suas mãos o sangue gelado

Coagulando em seus membros dormentes

Olhando o além, perdido e desesperado

A mão que outrora afagava candidamente

Hoje cospe os vermes de sua podridão

Afaga a face gélida de súplicas aparente

Jazida com apunhalada em seu coração

Em tortas frases clama derradeira vitória

Eternas mágoas que corroem seu passado

Entorpecem sua alma, enegrece a memória

Preso em devaneios e loucas alucinações

Revive eterna queda e corpo desmembrado

A deliciar-se vendo a sublime erradicação

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 05/05/2015
Código do texto: T5231372
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.