Passageiro inconstante
Desejo um mito condizente com a razão
Extrapole o tempo perfeito
Anarquize o dia insatisfeito
Porque a noite vai ser chão.
Quanto tesão, quanta noite perdida
Ademais, lançada na imensidão
De uma simples e sonora
Atitude reluzente de vida
Estava ébrio quando tocou o sino
Era néscio e disperso, quando menino
O relógio bateu perplexo e certeiro
Para que um instante perdurasse o dia inteiro
Quem vai passar primeiro
O antes, o depois, ou o meeiro
O amor, a paixão ou encontro derradeiro
Quem se vestiu de treva para enxergar a claridade
Zombou, anestesiou-se na suposta liberdade
Regressou de um caminho tão simples até a complexidade.
04, mai, 2015
Vinicius Saint' Ana