SONETO DA ETERNIDADE
Dizei a oeste que a vida é meu norte!
De qualquer sorte o meu destino é viver
E sem paradeiro eu desisto da morte,
Que seus argumentos não me vão convencer.
Eu me fragmento em retalhos de vida,
Encontro guarida em mil corações,
Espalho-me em arte por toda avenida,
Gotejo sorrisos, lembranças e emoções.
A vida que tenho reparto em pedaços,
Como semente que ao fenecer
Renasce para dar novo fruto;
O ciclo da vida consiste em laços,
Noites começam para amanhecer,
Dias nascem quebrando luto.